A estrada é a coisa mais triste que o ser humano já inventou. Cicatriz
de asfalto que rasga o planeta de uma cidade a outra. Artéria de sangue
cinza-metálico em pressão alta velocidade, e de sangue vermelho
coagulado dos cadáveres apressados que não chegaram nem chegarão.
Monumento à intempestividade do movimento, à necessidade acima do limite
de velocidade de se chegar o mais breve possível, da maneira que
houver, seja lá onde for.
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